quarta-feira, 24 de março de 2010

AS VOZES DA POESIA



© Lílian Maial


Que venham todas essas vozes da poesia,
Infernizar-me e blasfemar em meus ouvidos!
Pois que o poeta é um mensageiro da agonia,
E é nessa voz que há o despertar de ecos feridos.

Se tu te calas, calo em mim a melodia,
que os nossos verbos, sem as pautas, são perdidos.
E um simples verso no silêncio bastaria
para avivar esses poemas esquecidos.

Todas as rimas fazem coro na sarjeta,
alardeando que o poeta inexpressivo
perdeu o prumo, o calendário e a vil caneta.

Assim me calo, como tu, sem ter amor,
sem essa voz que acalmaria a borboleta
que se debate sem ouvir a voz da flor.


(Soneto publicado com a autorização da autora)

5 comentários:

  1. Márcia, é como um hino, na visão do poeta oscilando entre o sórdido (a sargeta), e o sublime (a flor). Tens mãos de fada, minha amiga, na escolha dos textos dos teus amigos.

    Abraços.

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  2. "As Vozes da Poesia", belíssimo soneto!
    Parabenizo a querida poeta Lílian Maial.
    Beijos de afeto,
    Malu

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  3. Agradeço aos queridos Caio e Malu os comentários carinhosos, e à amiga Márcia Sanchez pela delicadeza da publicação.
    Beijos a todos,
    Lílian Maial

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  4. Márcia querida, somente hoje consigo chegar nesta sua postagem deste belo Soneto de Lilian Máial,
    poetisa que conheço já algum tempo, sempre admiradora de suas obras poéticas.
    PARABÉNS
    É gratificante ler os amigos em seu espaço Márcia, com afeto,
    Efigênia Coutinho
    Presidente Fundadora
    AVSPE
    www.avspe.eti.br/

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  5. Olá minha cara amiga!
    aqu lendo-te,,passeando pelos teus blogs semrpe repletos de lindo conteúdo.
    o soneto da Lilian Maial é maravilhoso, tive a oportunidade de frequentar um memso site literario que ela... ele escreve barbaramente!

    abraço a ti e a Lilian!

    Lindo final de semana!

    daufen bach.

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