Cicero Melo
Agora denomino e me diviso.
Minhas mãos e braços estão na janela,
Onde habitam as palavras verdes
E amarelas do vento ensandecido.
Minhas pernas estão na fronteira
Do prazer e da solidão.
Lá, as línguas não se desatam.
É o país das palavras vermelhas,
Onde a noite tece sua condescendência.
O tronco foi dilapidado no país dos amores inconclusos
Que devoram todas as cores.
A cabeça, ó deuses cegos e vazios,
Explodiu dentro de vós,
Vinha.
(Poema enviado pelo autor por email)