OBRA PRIMA
© Airo Zamoner
Extraído do livro "CICLO" e premiado pela página literária da Gazeta do Povo
© Airo Zamoner
Extraído do livro "CICLO" e premiado pela página literária da Gazeta do Povo
Com meus dedos moldei a fria massa,
insípida, incolor e enfim disforme.
Suavemente aquele gesso enorme
Tornou-se estético, obtendo graça.
Por mais, porém, que eu lute e ainda faça;
por mais que aperfeiçoe e ainda a forme,
a massa é fria, é incolor e dorme!
O meu labor mais uma vez fracassa!
Então largo o cinzel, vou às estrelas!
(E que fartura de beleza há nelas
que me extasio em me quedar a vê-las),
E o seu luzir penetra nas janelas
e nas estátuas brinca. Ao envolvê-las
faz palpitar a vida em todas elas!
insípida, incolor e enfim disforme.
Suavemente aquele gesso enorme
Tornou-se estético, obtendo graça.
Por mais, porém, que eu lute e ainda faça;
por mais que aperfeiçoe e ainda a forme,
a massa é fria, é incolor e dorme!
O meu labor mais uma vez fracassa!
Então largo o cinzel, vou às estrelas!
(E que fartura de beleza há nelas
que me extasio em me quedar a vê-las),
E o seu luzir penetra nas janelas
e nas estátuas brinca. Ao envolvê-las
faz palpitar a vida em todas elas!
(soneto publicado com a autorização do autor)
Nenhum comentário:
Postar um comentário