Se tu te declarares um esteta,
provoco-te com meu delineador,
delineando as curvas mais diletas
de teu abecedário apicultor.
Se por ventura fujo da dieta,
não abro mão de meu compilador;
converto teus enganos em facetas
piores do que o mais devastador.
Proponho que façamos um contrato:
mostra em teu corpo a face mais bonita
que escondes na carcaça que te habita.
E para sermos justos neste trato,
faço de mim a lícita guarita
de teus temores, tua fé finita.
© Márcia Sanchez Luz
Inda que não fosse um esteta
ResponderExcluirnão deixar-me-ia de comover
ante o propósito e o objeto
do delineado para contrato.
(não sei se já te agradeci por deixar aqui em teu blog um linque para o meu. devia tê-lo feito, se não o fiz, ainda antes que tarde, grato.)
Márcia,
ResponderExcluirbelo soneto. parabéns: mostra a possibilidade da renovação da forma, pelo conteúdo.
abraços.
Pedro
Obrigada, Adroaldo, por suas palavras. Adoro estas suas brincadeiras com meus sonetos...rss...
ResponderExcluirQuanto ao link de seu blog, "fi-lo porque qui-lo"...hehehe!!! É sempre um prazer ter bons escritores lincados aqui.
Um abraço,
Márcia
Pedro, que bom que você veio me fazer uma visita!!
ResponderExcluirObrigada por suas palavras, que denotam sua leitura atenciosa.
Um abraço,
Márcia
Márcia,
ResponderExcluirQue soneto lindo e instigante. A imagem do abecedário apicultor foi de uma fineza genial.
O contrato que você propõe me parece mais que justo; a guarita tem ares de palácio.
Um beijo bem delineado, Poeta !!
Assis de Mello (Chico)
Obrigada, Assis! Adorei seu comentário - um diálogo perfeito com o soneto.
ResponderExcluirBeijos,
Márcia
Que dizer eu Poetisa Márcia, senão sorver ensinamentos desses dialogos dos DEUSES. É ou não é um "CÉU DOS GRANDES MESTRES?"
ResponderExcluirAntonio, que bom que você veio me fazer uma visita!
ResponderExcluirMuito obrigada por suas palavras de carinho.