quarta-feira, 4 de março de 2009

Réquiem para um homem simples, brasileiro





Não dá pra não chorar por quem partiu
e que passou por nós deixando amor
em gestos simples como aguar a flor
e dar-se inteiro, mesmo que febril.

Não dá pra não chorar homem gentil,
que mesmo fraco, retorcendo em dor,
tirava forças e perdia a cor
para seu mal fingir que era sutil.

Sua viagem hoje começou,
eu sei. E sei também que a dor findou,
que não mais pesa a sua grande cruz.

Entre as estrelas ele agora brilha,
e no infinito, eis que a sua trilha
é, finalmente, de alegria e luz!

© Márcia Sanchez Luz


11 comentários:

  1. Réquiem para um homem simples, brasileiro .

    Márcia, este seu soneto está lindíssimo, como sua alma se espande acima com ternura.
    E termina soberbamente seu soneto, que momento lindo dessa minha passagem ao seu recanto cultural,
    beijos,
    Efigênia

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  2. Márcia é um poema lindo como todos os seus. Fala de uma passagem de alguém que deixou exemplos e saudades. E longe além no infinito cumprira outras missões com certeza.

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  3. Encontro um soneto, fato raro. Márcia é assim. Surpreende com seus textos firmes, coesos e decididos. Como este...
    Beijos.

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  4. Oi, minha amiga.
    Perfeito como toda a sua poesia
    Lindamente triste, ou tristemente lindo.

    Que todas as dores, nossas e dos que nos cercam, pudéssemos assim, como você faz com sabedoria e brilho, espalhar num soneto, como pétalas ao vento.

    Bitokitas da minha admiração.

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  5. Um Requiem belíssimo e emocionante.
    Ler você é maravilhoso!
    Abraço,
    Gilia

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  6. Márcia, bela homenagem: bem trabalhada e concatenada.
    abraaços,
    Pedro

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  7. Márcia, a sua poesia é perfeita, rara e bela, enquanto você fala da perda mais no sentido geral, eu ainda me refaço de uma perda pesoal e familiar. Foi um refrigério para a minha alma ler o soneto.
    Obrigado e um fraterno abraço,

    Mauro Lúcio de Paula

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  8. A Márcia é assim! Uma poeta completa! Fala de amor, de amores, de vida, de flores, de morte... Em todos os temas a maestria de uma poetisa de escol. Emociono-me sempre que a leio e penitencio-me, querida Márcia, pela ausencia recente.
    Airo Zamoner

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  9. Márcia,

    fuçando no blog do querido amigo Jorge Sader, surpreendi-me em encontrar, mais que a poetisa, a Poesia. Levada a sério.

    Caio Martins

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  10. Ai, Márcia, que pena ter-se ido, assim findo ele não te pôde ler,
    tão dedicada e intensa sendo.
    Tanto era o que fazia, penso,
    lendo, que fizeste assim tanto.
    É sempre uma grande felicidade
    poder ler teus versos.

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  11. Márcia Um ótimo soneto. Além da inspiração que só uma poetisa do seu porte pode ter, uma concepção e técnica perfeitas. Parabéns.

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