Fabbio Cortez
Deveria estar vivendo
cinquenta anos atrás pelo menos.
Nunca sou moderno o suficiente,
sou sempre ridículo
(transtornos e retornos
de um pequeno menino complacente),
e essa adaptação forçada me irrita:
obrigam-me a correr
de desespero,
cruzar sinais vermelhos
(os amarelos são sempre ridículos
como eu),
capotar, voar, tremer.
E nem estou com pressa.
(Poema publicado com a autorização do autor)