30.07.1906 - 05.05.1994
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!
TROVA
Coração que bate-bate...
Antes deixes de bater!
Só num relógio é que as horas
vão passando sem sofrer.
EU ESCREVI UM POEMA TRISTE
Eu escrevi um poema triste
e belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
mas das mudanças do Tempo,
que ora nos traz esperanças
ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
faço barcos de papel!
Grande Mário Quintana... Acrescento, com a devida vênia, este poema que, de tão singelo, reduz-se a diamante:
ResponderExcluirBILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor
mais breve ainda...