© Luiz de Miranda
(Img: Mare Serenitatis, Inga Nielsen)
Queria te falar do amanhecer
nestes fundos anos de silêncio
onde haveria a poesia
a órbita astral de teus olhos
de luminosa tristeza
a palidez aquosa
dos teus olhos feitos de estrada
Onde andará a sombra
da tua ternura
para me encontrar na vida
ávida
e te apertar em vinho
num brinde ao amanhecer
e renascer na solidão
que a distância
escreve na luz.
Queria te falar do amanhecer
nestes fundos anos de silêncio
mas onde andará tua mão
de amigo e poema
a revelar noutro caminho
o mágico estalar das palavras.
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