© Caio Martins
Para Jeanne
(Img: Márcia Sanchez Luz)
Te amo...
A memória, faca
laica
- insaciável, transitória -
quebra seus pertences
sem contar com glórias.
Fecha seus claustros
- insondáveis pergaminhos -
e cala
a trajetória tensa do sentir
árdua, impenetrável bala.
Contemplo teu olhar
- inquietante arquitetura -
e me diluo aos segundos
de cada século
em que perduras...
A memória insiste
- indecifrável sintonia -
e cala.
Não há tempo, lugar,
nem sinfonias...
Nas luzes de prenúncios
- inda que desande o caos -
te calas...
Sabes que te amarei
ao som de teus silêncios...
(Poema publicado com a autorização do autor)
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