Este canto é para os que se encantam com a poesia, com a vida, com a natureza, com a alma humana, em suas mais diversas facetas.
domingo, 24 de junho de 2012
"Turbilhão no céu" recebe Prêmio Bem Te Vi
Prêmio Cultural Bem Te Vi agracia, este ano, três destaques do livro Melhores da Poesia Brasileira.
Anjo, de Ray Nonato
Vestimenta, de Clau Assi
Turbilhão no Céu, de Márcia Sanchez Luz
terça-feira, 19 de junho de 2012
Márcia Sanchez Luz em "Melhores da Poesia Brasileira"
Organização: Jane Rossi e Monica Rosenberg
Autores convidados:
Thiago De Menezes - Prefácio
Wilson de Oliveira Jasa - Apresentação
Adelaide Ortiz
Alzira Andrade
Amarilis Pazini Aires
Andrea Lucia
Ataíde Lemos
José Antônio Gama De Souza - Balzac
Bebe - Elisabeth Zamboneti Rylko
Brenda Mar(Que)S Pena
Celina Vasques
Clau Assi
Cláudio Bento
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Cler Ruwer
Conceição Bentes
Dimythryus
Deslanieve Daspet
Dorothy De Castro
Dyandreia Valverde Portugal
Luna Freire
Elcio José de Moraes
Elias Akhenaton
Edvaldo Marcelo Vieira da Silva
Edvaldo Rosa
Eugenio Santana
Scoffeald Mik
Emilia De Paula
Fabiano Fernandes Garcez
Fabio Ramos
Flor de Esperança
Helena Frontine
Hortência Lopes
Irsemis Wiezel Benedick
Izabel Marques
Jaak Bosmans
Janaina Rossi
Jane Rossi
Jenario De Fátima
Jiselda Oliveira
João Udine Vasconcelos
Joaquim Moncks
Jorge Luiz Vargas
José Bonifácio
Júlio Teixeira de Lima
Katia Pérola
Leila Ullmann
Luiz Carlos Costa Paula
Machado De Carlos
Márcia Sanchez Luz
Marçal Filho
Maia De Melo Lopo
Manuel Paulo
Maria Dolores Pimentel de Rezende
Maria Helena Sleutjes
Maria Moreira
Maria Zimbrunes Dutra
Marco Llobus
Marco Antonio Orsi
Marcus Rios
Marleninha Castilho
Marilia Abduani
Marisa De Medeiros
Marta Bittencout
Mírian Warttusch
Monica Rosenberg
Mora Alves
Neide Cardoso
Neneca Barbosa
Nice Ventura
Osvaldo Antônio Begiato
Osmar Vasconcelos
Homenino Poeta
Raimundo Nonato
Raquel Dias
Regina Pessoa
Regina Kreft
Rô Lopes
Rosângela de Souza Goldoni
Rossana Monteiro
Sá De Freitas
Selene de Lima Maria (Selene Antunes)
Simone Cristina
Sônia Maria Nunes
Télio Diniz
Teresa Improta Monnier
Terezinha Oliveira
Terezinha Werson
Valdeck Almeida De Jesus
Valquíria Cordeiro Goulart Gonçalves
Washington Ramos
Zeza Marqueti
Valquíria Cordeiro Goulart Gonçalves
Washington Ramos
Zeza Marqueti
domingo, 10 de junho de 2012
Travessias
"O
espetáculo foi criado a partir das técnicas da Dramaturgia do Desejo, desenvolvida pela
Cia. Silvana Abreu desde 2003. Essa metodologia implica em criação
colaborativa, baseada em treinamento corporal intensivo e estudos
interdisciplinares, desenvolvendo uma dramaturgia contemporânea que rompe o
limite entre ficção e realidade, em busca de um acontecimento teatral
atualizado, intenso, vivo e vibrante.
Com o
tema inicial proposto pela diretora – Travessias – os atores-performers
elaboraram imagens e narrativas simbólicas sobre suas experiências em situações
de atravessamento. Nascimento, amadurecimento, paixão, amor, vida e morte se
moldaram no corpo de cada um, a partir de suas vivências únicas pelos diversos
rituais de passagem da vida. Essas imagens foram reunidas em composições
dinâmicas até maturar numa dramaturgia mais ampla, provocando cada criador a
viver realmente uma Travessia durante o processo de criação do
espetáculo, além de ritualizar esse acontecimento durante a apresentação
pública.
Abordamos então, simbolicamente, as diversas
situações limites em que uma pessoa pode se deparar durante a vida e como ela
enfrenta, resiste, luta, supera, atravessa e chega a um novo patamar da própria
existência, ultrapassando fronteiras que pareciam intransponíveis. A coragem de
enfrentar e se lançar a essa travessia, se despojando dos velhos recursos e
padrões conhecidos e assumindo todos os riscos. Do outro lado, talvez o nada,
talvez a alegria absurda do encontro com a própria vida em intensidade
redobrada, compartilhada no rito teatral."
Mais informações no site: http://www.silvanaabreu.com/
sábado, 9 de junho de 2012
A Bruxa, de Drummond
Carlos Drummond de Andrade
(Img: Márcia Sanchez Luz)
Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.
Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
anunciou vida ao meu lado.
Certo não é vida humana,
mas é vida. E sinto a bruxa
presa na zona de luz.
De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?
E nem precisava tanto.
Precisava de mulher
que entrasse neste minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.
Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e clama.
Porém a essa hora vazia
como descobrir mulher?
Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
conheço vozes de bichos,
sei os beijos mais violentos,
viajei, briguei, aprendi.
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão.
Companheiros, escutai-me!
Essa presença agitada
querendo romper a noite
não é simplesmente a bruxa.
É antes a confidência
exalando-se de um homem.
Fonte: Portal São Francisco
(Img: Márcia Sanchez Luz)
Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.
Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
anunciou vida ao meu lado.
Certo não é vida humana,
mas é vida. E sinto a bruxa
presa na zona de luz.
De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?
E nem precisava tanto.
Precisava de mulher
que entrasse neste minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.
Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e clama.
Porém a essa hora vazia
como descobrir mulher?
Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
conheço vozes de bichos,
sei os beijos mais violentos,
viajei, briguei, aprendi.
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão.
Companheiros, escutai-me!
Essa presença agitada
querendo romper a noite
não é simplesmente a bruxa.
É antes a confidência
exalando-se de um homem.
Fonte: Portal São Francisco
segunda-feira, 4 de junho de 2012
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