Se canto o canto que canto,
se rimo a rima que rimo,
é p'ra exaltar teu encanto,
ver se de ti me aproximo.
Se penso em ti todo o tempo,
se estás nos versos que verso,
o tempo p'ra mim é perverso,
cada momento, um tormento.
Se me dói uma dor tão intensa,
Se me dói uma dor tão intensa,
é porque em mim nunca pensas,
e o teu desamor, deploro.
Se rio meu riso tão triste,
Se rio meu riso tão triste,
pois a tristeza ainda insiste,
chorar meu choro, não choro.
© Manoel Virgílio
* Do livro "Mulher Estelar: sonetos" - All Print Editora, SP - 2005
(Publicado com a autorização do autor, que me presenteou com esta bela obra)
Obrigado, amiga Marcia, por ter postado o meu modesto soneto neste seu blog, espaço de alto nível cultural. Continuando o intercambio iniciado postarei, após o carnaval, o seu "Seixos Trabsparentes", lá no "Meus Versos". Meu abraço, Manoel Virgílio
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