terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Contradança



Sou feito a bailarina que descansa,
entregue após a valsa que entristece
e que a faz, sorrateira em esperanças,
refrear o desejo que emudece.

Tão pouco sei de mim e de você!
(Do riso pulsa a veia latejante)
O espelho em que me vejo é tão clichê!
Reflete até o espaço itinerante!

Assim, quando acordar da contradança,
aguardarei o olhar que me envaidece
e que me faz corar e me enternece.

E entardecendo a dor que não fenece
meus olhos, de cansaço, vão se unir.
À espera, movimento não padece.


© Márcia Sanchez Luz

3 comentários:

  1. Oi Márcia, agradeço a gentileza de acrescentar o link do meu blog ao seu. Faça como você achar melhor. É uma grande alegria fazer parte do seu espaço e apreciar o seu belo trabalho.

    Eu tenho um outro blog, voltado para educação e tecnologia:

    http://culteduc.blogspot.com/

    Vou colocar o seu link lá também.

    Um abraço!

    ResponderExcluir
  2. Lindo, lindo, lindo, lindo....
    Maravilhoso, Márcia!
    Que métrica perfeita, sonoridade, música...
    Muito bonito...
    Parabéns!
    Um beijo

    Airo Zamoner

    ResponderExcluir
  3. Adorei a visitinha e mais ainda encontrar por aqui um post de aniversário pra minha amiga queria Leila Míccolis Essa poeta merece e muito, Marcia!

    Um grande abraço ;)

    ResponderExcluir