As folhas caem amarelecidas
no outono de meus sonhos olvidados.
Mas não são eles, mesmo que apagados,
os responsáveis pelas despedidas.
As folhas caem mesmo indefinidas
pelo cansaço (anseios acuados)
e no fracasso, adeuses desterrados
evocam emoções esmaecidas.
O que acontece então? Por que caíram
ao chão as ilusões tão bem descritas
em cartas que juravam não prescritos
o que dissemos e nos conduziram
a pretensões de amores sem desditas?
Talvez a teoria de infinitos.
© Márcia Sanchez Luz
no outono de meus sonhos olvidados.
Mas não são eles, mesmo que apagados,
os responsáveis pelas despedidas.
As folhas caem mesmo indefinidas
pelo cansaço (anseios acuados)
e no fracasso, adeuses desterrados
evocam emoções esmaecidas.
O que acontece então? Por que caíram
ao chão as ilusões tão bem descritas
em cartas que juravam não prescritos
o que dissemos e nos conduziram
a pretensões de amores sem desditas?
Talvez a teoria de infinitos.
© Márcia Sanchez Luz
Poeta Márcia,
ResponderExcluirSeu soneto é um cantar de sentimentos.
Belíssimoooooooooo!
Parabéns!
Beijos!
Malu Mourão
Digo sempre que o trabalho de Márcia é coisa séria. Mas este foi talvez o mais bonito deles! Você está sempre se superando, Márcia...
ResponderExcluirBeijos.
Lindo e apaixonante seu Soneto, Márcia. Isso me lembra um haicai que fiz em alemão (com versão tb em português) para homenagear o famoso "Poema de Outono" de Rilke:
ResponderExcluir"Die Blätter fallen.
Himmel. Erde. Eisamkeit
Wie von weit... fallen.
As folhas caem.
Céu. Terra. E solidão.
Vêm de longe... caem.
Chris Herrmann"
Beijos.
Bom dia Márcia nessa manhã de outono vendo essa bela imagem e lendo um soneto lindo assim. Sinto-me presenteado por Deus e por essa poetisa ligada a ele.
ResponderExcluirAqui estou novamente para aplaudir a querida Poetisa Márcia, onde a cada dia ela vai deixando suas pegadas como uma grande escritora, meus cumprimentos,
ResponderExcluirEfigênia Coutinho
Minha querida irmã das letras, Marcia Sanchez Luz: primeiramente, deixa eu dizer que adoro pronunciar e escrever o teu nome que é poético demais. Nessa demasia habita esta arte que você cultiva em sonetos tão perfeitos. Bjos de luz, Grauninha
ResponderExcluirMárcia, leio aqui mais um soneto caracterizado pelo seu zelo de compor, com grande agrado, como sempre. O ritmo atrai, arrasta, traga. Perfeito.
ResponderExcluirMárcia,
ResponderExcluiros seus sonetos são sempre bem escritos metricamente, isso, às vezes passa despercebido o sentido real daquilo que você está dizendo. As perguntas deste soneto é de uma pessoa que vai percebendo, aos poucos, que a vida, o vigor, os sonhos vão se esvaindo como as folhas de um outono (tempo). Pode ter certeza de uma coisa, parafraseando Guimarães Rosa os amores (sentimentos) não passam apenas se encantam.
bjs de um amigo e admirador,
Mauro Lúcio de Paula
Outonal, que li em e-mail, agora revejo-o on line, e parece que ainda ganhou mais movimento este seu belo enjembement cicóplico, como as folhas rodopiando ao vento.
ResponderExcluirBeijos,
Leila
Sem problemas, Márcia.
ResponderExcluirFaça o texto quando puder e se te interessar.
Beijo.
Magnífico soneto Márcia!
ResponderExcluirAdoro a natureza e ver falar dela assim com tanta senssibilidade é um presente.
Beijos
Estive por aqui lendo o seu soneto!! Adoro sonetos!! Abraços Ademar!!
ResponderExcluirMárcia, à perfeição formal, junta-se a serenidade de conteúdo, como sempre em seus sonetos. Outonal não é verso transitório, de voo curto: é, sim,de longo alcance, confirmando-se na teoria dos infinitos. Abçs.
ResponderExcluirDesse jeito, Marcinha, você vai ganhar o Nobel de Literatura, breve, breve!
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