Soneto de Agosto
© Nathan de Castro
Eu tanto amei, e amei, perdidamente,
que me perdi nas lágrimas de agosto
e todo azar do mundo me fez crente
do verso feito às luzes do desgosto.
Eu tanto amei, e amei com todo o gosto!
Bebi do olhar do beijo reluzente,
me deparei com os traços do teu rosto
e me encantei poeta, triste e ausente.
Perdido e usando a máscara do tempo,
vaguei de pedra, ousando outro elemento,
para aprender o inverno da paixão...
Nada aprendi, e agora o passatempo
de rabiscar nas páginas do tempo
é o que ainda pulsa e afaga o coração.
(Soneto publicado com a autorização do autor)
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