segunda-feira, 30 de julho de 2012

Celebrando o nascimento de Mario Quintana

(Mario Quintana - 30.07.1906 - 05.05.1994)


















Os poemas abaixo são de Mario Quintana


AMOR

Quando duas pessoas fazem amor
Não estão apenas fazendo amor
Estão dando corda ao relógio do mundo.


BILHETE

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...



DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?


O LUAR

O luar,
é a luz do Sol que está sonhando
O tempo não pára!
A saudade é que faz as coisas pararem no tempo...
...os verdadeiros versos não são para embalar,
mas para abalar...
A grande tristeza dos rios é não poderem levar a tua imagem...



TROVA

Coração que bate-bate...
Antes deixes de bater!
Só num relógio é que as horas
Vão passando sem sofrer.



Um comentário:

  1. Nesse dia o universo sorriu, o sol respirou fundo (aliviados), a lua corou (enigmática) e sentimos que sempre haveria esperança.
    Quintana já nasceu uma entidade.

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