quinta-feira, 14 de junho de 2007

CARINHOS ESPECIAIS:


Transcrevo, aqui, mensagens que me são muito especiais e que me chegaram por e-mail.

Deixo claro que só o faço após ter pedido permissão ao remetente.



Olá, Márcia querida prima amiga poeta,

Como vai ?

Pelo pouco que vi dos poemas, a produção cresce e a qualidade, a profundidade e a leveza só aumentam.

Dentre os pensamentos fragmentários que às vezes me ocorrem, há um, que penso ser dos fundamentais para compreender a vida, que quero te passar:


Quando sou feto ouço,
dentro do útero,
um coração batendo perto,
e, com o passar do tempo,
outro que é o meu.

São sons que fazem um ritmo,
no início.
Depois, fazem dois ritmos entrelaçados.
Compassados.
Contínuos.
Às vezes com uma variação,
outras com uma assincronia dissonante.


Penso, Márcia, que aí nascem a música e a poesia, com todas as suas variantes. Nascem também a oração, a reza, o pranto depressivo (regressivo e reconfortante), e, por incrível que possa parecer, a matemática e a lógica, que têm outro tipo de ritmo, mas também o tem. E da interação dos sons nascem as rimas, as dissonâncias, o duodecafônico, que aceitamos, todos, como algo desejável e natural, mas espontaneamente, sem aprendizado.

Você já notou como a poesia e a música levam, via de regra, ao intimismo, ao mergulho no imo, à sensação de que me identifico comigo mesmo em um passe de mágica ? E como a matemática e a lógica nos remetem à sensação de perfeição, como se essa perfeição estivesse dentro de nós?

Pois está. Nas memórias mais antigas, no páleo-encéfalo, na raiz mais profunda de nossas memórias. E nos remete, por vezes, à sensação - bem-vinda - de identidade com todo o passado da espécie e da vida?

Mando para você (em primeiríssima mão, com total e completa exclusividade) este mergulho profundo no meu pensamento mais puro, absolutamente repleto da ingenuidade de descobrir e da melhor sensação que já vivi: a de compartilhar.


Um abraço de peito aberto e pleno de carinho pela minha querida,

Jailson

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