Inalienável Veto
Mero traço que no peito abraça,
abarca em brisas soltas teu sorriso,
mas em vão sequer protege meu achado
das rudes ventanias que destronam a paz!
Quero a semente que te aleita a vida!
Em forma de sustento, o alento é puro.
Se na semeadura teu lago é mais fundo,
que então teus grãos possam nutrir meus dias.
Secreto a ti meus mais parvos idílios!
Caprichos tolos, porém verdadeiros.
E na pujança de meus devaneios
espero a noite que me acorde os sonhos.
Estreitas brumas impelem-me a alma
a transgredir preceitos tão abjetos!
Pois que de tola já me basta a crença
de ser em mim inalienável veto.
© Márcia Sanchez Luz
Súplica e compreensão. Márcia lida com a emoção e a razão sem deslizes.
ResponderExcluirUm pouco surpreso por não se tratar de soneto. E daí? A pena é da poetisa!
Beijos
Jorge
Esse me derrubou, tal qual a complexidade das mulheres: adoramos contemplar a sua beleza, mas jamais seremos capazes de entender a sua intrincada essência.
ResponderExcluirAbraços,
Paulo
Linda poesia Márcia nessa homenagem a vocês mulheres que merecem sempre.
ResponderExcluirQuero a semente que te aleita a vida![...]
ResponderExcluirSecreto a ti meus mais parvos idílios![...]
E espero a noite que me acorde os sonhos.[...]
Pois que de tola já me basta a crença
de ser em mim inalienável veto...
Têm, nas "estreitas brumas", luz própria tanto o verso, quanto Márcia: não são enquadráveis em fôrmas, fórmulas ou formas... - decorrência da atitude altiva e digna, serena e essencial de ser Mulher e, por isso, fascinante em seu "inapelável veto".
Para aplaudir em pé!
Jorge, obrigada pela leitura sempre atenciosa de meus poemas.
ResponderExcluirSurpreso? Fique não! Meu primeiro livro, No Verde dos Teus Olhos, não tem um soneto sequer...rss...
Beijos gratos
Márcia
Paulo, grande escritor!
ResponderExcluirAchei tanta graça de seu comentário...rss... Tem poemas que a gente escreve e, quando se dá conta, também se vê derrubada. Acho que este é um dos resultados da produção poética...
Obrigadíssima pelo carinho de sua presença, sempre tão bem-vinda.
Abraços
Márcia
Obrigada, Antonio. Feliz com sua presença e com suas palavras.
ResponderExcluirAbraços
Márcia
Caio!!!!!!!!!!! Fiquei sem fôlego com suas palavras!!!! Desde pequena nunca consegui me ajustar ou ser enquadrada em fôrmas, formas ou fórmulas...a rebeldia é minha companheira desde que me entendo por gente. Agora sou eu quem diz: "Pegou na veia!"
ResponderExcluirObrigada, querido amigo.
Beijos
Márcia
Sarava!
ResponderExcluirPoesias, palavras...
Tudo onde a sensibilidade
Se aninha
A Marcia encanta.
Ai as formas da beleza natural
Ventilam ares com perfume raro,
Onde a Vida se renova
A cada leitura.
A Mulher é um Ser Universal!
Todos os dias são dias das Mulheres.
Beijos
Heitor
www.myspace.com/heitordepedrazul
Num poema-revolta, Márcia Sanchez Luz transporta-nos ao ambiente interior de alguém que sofre a ausência de amor de outrém, que a ignora, acabando por se auto-censurar, vergada à sua própria razão. Eis uma peça poética informal de grande qualidade.
ResponderExcluirEugénio de Sá
Dez. 08 2010
Gracias, estimada Márcia, por el envío de tu correo. Leí con suma delectación las novedades de tu blog. Son excelentes. Enhorabuena.
ResponderExcluirUn abrazo fraternal y solidario
Carlos Benítez Villodres
Málaga (España)
http://www.carlosbenitezvillodres.es
Dueto para Inalienável Veto
ResponderExcluirContrição
Ah, se esta contrição tornasse leve
As culpas de te haver ignorado
Mas sabes tu, mulher, é este o fado
De quem ignora o bem, e a quem o deve
Chamas-te parva porque idealizaste
O que se pode querer de quem se ama;
O fulgor do desejo, aquela chama
Que nos teus devaneios idealizaste
Mas nada foi secreto e eu senti
Que perdera, imbecil, todos os créditos
Ao ler no teu olhar tudo o que li
E se hoje já não ouves os meus éditos
Não posso censurar-te, pois eu vi
A desistência nos teus ombros trépidos
Eugénio de Sá
Heitor, você me comove com suas palavras! Obrigada pelo carinho de sempre.
ResponderExcluirQuando será o próximo concerto aqui no Brasil? Sucesso!
Beijos
Márcia
Carlos, gratíssima por deixar registrada sua leitura do poema.
ResponderExcluirVolte sempre que puder e quiser.
Abraços
Márcia
Eugénio, muito obrigada pela delicadeza com que trata meu poema. É uma honra tê-lo aqui!
ResponderExcluirDaqui a alguns dias "Contrição" irá fazer dueto com "Inalienável Veto" no Repercussão Literária.
Um abraço
Márcia
sempre me surpreendo com seus poemas!
ResponderExcluirte adoro muito
beijos
Ana, você me é muito querida, viu?
ResponderExcluirObrigada pelo carinho.
Beijos
Márcia
Márcia querida, como é gratificante a gente ir acompanhando a acessão duma escritora como você, pois ao seu redor, alguns amigos em comum foram lhe admirando, este é o maior sentido do sentido da vida, o valor Humano que percebemos nos amigos.
ResponderExcluirSua poesia , como já disse,
veio e ficou,
fincou,
marcou.
PARABÉNS,
Efigênia Coutinho
Minha doce e querida Efigênia, agora você me derrubou! Coisa linda que você me diz, mulher. Estou emocionada e com uma sensação boa aqui no peito...é tão bom quando encontramos pessoas como você nesta vida!
ResponderExcluirObrigada, do fundo de meu coração.
Beijos carinhosos
Márcia