segunda-feira, 14 de junho de 2010

Gaivotas

© João Justiniano da Fonseca



Imagem: Google


As gaivotas que voam no meu céu
enquanto desce a tarde, vagarosa,
asas de sonho, penas de esperança,
têm a imagem da fé que tudo vence...

Quero que longa seja a tarde e more
a cair no poente, que as gaivotas
quando é noite recolhem-se no alpendre,
porque nas trevas só morcegos voam.

Durai, minhas gaivotas, mais um tempo,
nesse vôo de tardinha lenta e mansa,
mantendo-me a ilusão indefinida.

Quando deixardes de voar, por certo,
a tristeza me invade o coração,
mata o sonho e a esperança, a própria fé...



(Soneto enviado por email pelo autor)

6 comentários:

  1. PARABÉNS Márcia,
    © João Justiniano da Fonseca,
    é merecedor de todas homenagens, grande escritor e amigo de
    longos anos aqui na poesia.
    Belo Soneto, deste Mestre,
    com afeto,
    Efigenia Coutinho

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  2. Márcia, grande João... Merecida homenagem ao poeta de sensibilidade ímpar que jamais deixará de voar, se depender das tuas asas e sóis de fim de tarde.
    Beijos, Luz.

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  3. Efigênia querida, obrigada por vir prestigiar nosso amigo João Justiniano. Os sonetos dele são pra lá de especiais, não é mesmo?
    E este então, em versos brancos? Um show!

    Beijos carinhosos

    Márcia

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  4. Sim, Caio. João é poeta iluminado, de espírito jovem. Prestes a completar 90 anos (no dia 30 deste mês), produz sonetos diariamente. E todos são especiais como ele!
    De minha parte, agradeço comovida pela referência (e deferência).

    Beijos de Luz

    Márcia

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  5. SOnhar e voar...sempre esperança divina ou humana somente...lindo Márcia...saudades de te ler...

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  6. Thê querida, acho que a esperança é divina...querência, no entanto, é humana...
    Que bom te ver por aqui! Obrigada.

    Beijos

    Márcia

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