domingo, 6 de junho de 2010

PLÁGIO, PLÁGIO!


- Pega ladrão!

Poderia começar este texto falando sobre caçar plagiadores, mas estes nem precisam ser caçados. Afinal, eles são a espécie mais desprezível e mais fácil de ser encontrada no universo virtual. Pessoas inescrupulosas, dotadas de completa falta de imaginação, têm como único trabalho digitar “control c” e “control v” (leia-se “copiar” e “colar”) e sair pela internet se promovendo com criação alheia, isto é, nomeando-se autor da mesma. Isto é plágio, crime previsto pela Lei n.º 9.610, de 19/02/98 (Lei dos Direitos Autorais). E, como em toda lei, existem punições para quem as burla.

O que um autor leva dias, meses ou anos para produzir acaba nas mãos de delinquentes intelectuais. E o que isto tem de diferente de qualquer outro roubo? Nada! Roubo é roubo, não importa por qual meio ele se efetivou. O resultado é o mesmo: o direito de um cidadão é violado. Combater essa prática é obrigação de todo leitor consciente, de todo autor autêntico.

Foi o que ocorreu com o livro "O Carro de Boi", escrito em 1997 por Caio Martins e publicado pela Editora Romus Artes Gráficas, copiado na íntegra e postado na web por sujeitos sem nenhum escrúpulo nem ética. Abaixo, menciono a obra original e o "link" para a página. Vale a pena conhecer. Para os plagiários, somente há que dizer: - Pega ladrão!

© Márcia Sanchez Luz
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O CARRO DE BOI (1)
Caio Martins

Tem carro de boi, e tem carreta. Carreta, ou carroção, tem roda raiada e é muda, não canta. Carro de boi tem roda inteira, e canta para se ouvir de léguas, seja gaita, pombo ou baixão . É coisa de sertanejo, é uma saudade doída de um tempo onde se ia devagar, mas havia mais tempo para ver e entender as coisas. Saber de carro de boi, é mexer com magia, é entender a alma da madeira e do ferro, da terra e do fogo, da água e do ar... [...]

(1) Veja o texto completo em:

http://caiovmartins.blogspot.com/p/o-carro-de-boi.html

10 comentários:

  1. Coisa feia, muito feia. Mas a internet, infelizmente, é um espelho da realidade, da sociedade; do que tem de bom e de ruim. Terra de ninguém.

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  2. Muito bom o seu alerta, sua denúncia! - Infelizmente isso é o que mais acontece hoje em dia na Net - os incapazes, incompetentes e inescrupulosos estão aí à solta - e temos que infelizmente conviver com isso. Concordo com o que dise Parreira: internet, terra de ninguém, do bom e do ruim. E temos que enfrentar fazendo exatamente o que você fez: denunciando! Grande abraço, poeta.

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  3. Márcia, agradeço muito a referência. Quem não respeita o trabalho alheio não merece o menor respeito. Tem de ser denunciado e penalizado. Não é uma questão cultural: é, definitivamente, de índole, de péssimo caráter.
    Sua atitude firme e absolutamente necessária, nessa "terra de ninguém", fala por todos os escritores e autores éticos e honestos.
    Devemos somar-nos incondicionalmente a ela.

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  4. Escrevi há 8 anos atrás um artigo Terra de Ninguém de tanto ter textos meus usurpados. Atualmente aplaudo sua luta, apoio sua denuncia e penso com imensa tristeza que a impunidade sugere a lei de Gérson. Continuo sendo lesada de forma descarada e colocando na justiça e meus cabelos ficando brancos na espera dela. beijos..rosa pena

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  5. Oi, Márcia. Belo libelo. Infelizmente, não há muito mais a fazer além da denúncia. Mas com certeza sempre haverá alguém atento para fazer a denúncia, daí, ó, o plagiador(a) finda, mesmo que outro se "apresente" logo adiante. É como matar baratas e peçonhas. Abraços, Pedro.

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  6. Márcia,
    A internet é a última mídia dos sinais dos fins dos tempos, é uma ferramenta apocaliptica. É uma terra de ninguém. É o que o Livro Sagrado refere-se, todos serão números, IP dos computadores. Cabe a nós do bem e de bem denunciar, denunciar, denunciar e gritar bem alto. Mas é só isso, nada mais que isso!
    Um abraço amiga consciente.
    Mauro

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  7. João Justiniano da Fonseca10 de junho de 2010 às 15:48

    Olá Márcia, gostei.
    O trabalho do Caio Martins é tão perfeito que quem acabou sentindo uma saudade doida e doída, fui eu. O carro de boi é perfeito na construção, pequena diferença do que usamos no Sertão Nordeste. Por exemplo a carga. Nunca vi um que precisasse de mais de quatro bois. O arroz de carreteiro, só o conheço do Rio Grande do Sul, que freqüentei muitas vezes até quatro, cinco anos atrás. Nós produzimos no campo e nas estradas sertanejas nordestinas o rubacão, possivelmente o sucedâneo do arroz. Não digo com segurança, jamais atentei para a semelhança da iguaria dos careteiros e tropeiros.
    Quanto ao plágio, amiga, só diria que esse tipo de crime é mais abjeto que o de furto de bens materiais. Quem nos rouba o escrito rouba a mente, a própria alma.

    Uma nota: rubacão é um guisado de arroz com feijão e carne seca (entre nós carne de bode)
    Esteja bem.
    João

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  8. Querida Marcia: trabalhamos tanto e temos muitas vezes o desprazer de ver nossos escritos sendo aproveitados por pessoas inescrupulosas. Parabens pela denúncia. Cadeia para os ladrões!
    Saudações literárias,
    Grauninha

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  9. Olá Márcia

    Que fato absurdo esse. Espero que os responsáveis sejam devidamente punidos, se bem que não dá para esperar muito de nossa "justiça".

    Abraços,

    Paulo

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  10. As pessoas deveriam procurar o significado da palavras ética, paz.
    Beijo Lisette

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