Deixo aqui meu desejo de que o seu Natal, junto à sua família, seja de muita paz, saúde, amor e luz! E que o ano que se inicia possa ser mensageiro de uma nova era, onde as pessoas entendam o real significado da vida e da convivência.
E que a Paz possa reinar em todos os corações!
Márcia
Este canto é para os que se encantam com a poesia, com a vida, com a natureza, com a alma humana, em suas mais diversas facetas.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Celine Dion - Happy Christmas (War Is Over)
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Olavo Bilac - Biografia e Poemas
Fundador
Fundador da Cadeira 15. Recebeu o Acadêmico Afonso Arinos.
Olavo Bilac (O. Braz Martins dos Guimarães B.), jornalista, poeta, inspetor de ensino, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1865, e faleceu, na mesma cidade, em 28 de dezembro de 1918. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a Cadeira nº. 15, que tem como patrono Gonçalves Dias.
Eram seus pais o Dr. Braz Martins dos Guimarães Bilac e D. Delfina Belmira dos Guimarães Bilac. Após os estudos primários e secundários, matriculou-se na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, mas desistiu no 4º. ano. Tentou, a seguir, o curso de Direito em São Paulo, mas não passou do primeiro ano. Dedicou-se desde cedo ao jornalismo e à literatura. Teve intensa participação na política e em campanhas cívicas, das quais a mais famosa foi em favor do serviço militar obrigatório. Fundou vários jornais, de vida mais ou menos efêmera, como A Cigarra, O Meio, A Rua. Na seção “Semana” da Gazeta de Notícias, substituiu Machado de Assis, trabalhando ali durante anos. É o autor da letra do Hino à Bandeira.
Fazendo jornalismo político nos começos da República, foi um dos perseguidos por Floriano Peixoto. Teve que se esconder em Minas Gerais, quando freqüentou a casa de Afonso Arinos em Ouro Preto. No regresso ao Rio, foi preso. Em 1891, foi nomeado oficial da Secretaria do Interior do Estado do Rio. Em 1898, inspetor escolar do Distrito Federal, cargo em que se aposentou, pouco antes de falecer. Foi também delegado em conferências diplomáticas e, em 1907, secretário do prefeito do Distrito Federal. Em 1916, fundou a Liga de Defesa Nacional.
Sua obra poética enquadra-se no Parnasianismo, que teve na década de 1880 a fase mais fecunda. Embora não tenha sido o primeiro a caracterizar o movimento parnasiano, pois só em 1888 publicou Poesias, Olavo Bilac tornou-se o mais típico dos parnasianos brasileiros, ao lado de Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
Fundindo o Parnasianismo francês e a tradição lusitana, Olavo Bilac deu preferência às formas fixas do lirismo, especialmente ao soneto. Nas duas primeiras décadas do século XX, seus sonetos de chave de ouro eram decorados e declamados em toda parte, nos saraus e salões literários comuns na época. Nas Poesias encontram-se os famosos sonetos de “Via-Láctea” e a “Profissão de Fé”, na qual codificou o seu credo estético, que se distingue pelo culto do estilo, pela pureza da forma e da linguagem e pela simplicidade como resultado do lavor.
Ao lado do poeta lírico, há nele um poeta de tonalidade épica, de que é expressão o poema “O caçador de esmeraldas”, celebrando os feitos, a desilusão e morte do bandeirante Fernão Dias Pais. Bilac foi, no seu tempo, um dos poetas brasileiros mais populares e mais lidos do país, tendo sido eleito o “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, no concurso que a revista Fon-fon lançou em 1º. de março de 1913. Alguns anos mais tarde, os poetas parnasianos seriam o principal alvo do Modernismo. Apesar da reação modernista contra a sua poesia, Olavo Bilac tem lugar de destaque na literatura brasileira, como dos mais típicos e perfeitos dentro do Parnasianismo brasileiro. Foi notável conferencista, numa época de moda das conferências no Rio de Janeiro, e produziu também contos e crônicas.
Alguns Poemas
Deixa o olhar do mundo
X
Deixa que o olhar do mundo enfim devasse
Teu grande amor que é teu maior segredo!
Que terias perdido, se, mais cedo,
Todo o afeto que sentes se mostrasse?
Basta de enganos! Mostra-me sem medo
Aos homens, afrontando-os face a face:
Quero que os homens todos, quando eu passe,
Invejosos, apontem-me com o dedo.
Olha: não posso mais! Ando tão cheio
Deste amor, que minh'alma se consome
De te exaltar aos olhos do universo...
Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:
E, fatigado de calar teu nome,
Quase o revelo no final de um verso.
Em mim também
VI
Em mim também, que descuidado vistes,
Encantado e aumentando o próprio encanto,
Tereis notado que outras cousas canto
Muito diversas das que outrora ouvistes.
Mas amastes, sem dúvida ... Portanto,
Meditai nas tristezas que sentistes:
Que eu, por mim, não conheço cousas tristes,
Que mais aflijam, que torturem tanto.
Quem ama inventa as penas em que vive;
E, em lugar de acalmar as penas, antes
Busca novo pesar com que as avive.
Pois sabei que é por isso que assim ando:
Que é dos loucos somente e dos amantes
Na maior alegria andar chorando.
Fogo-fátuo
A esta tortura de homem e de artista:
Desdém pelo que encerra a minha palma,
E ambição pelo mais que não exista;
Esta febre, que o espírito me encalma
E logo me enregela; esta conquista
De idéias, ao nascer, morrendo na alma,
De mundos, ao raiar, murchando à vista:
Esta melancolia sem remédio,
Saudade sem razão, louca esperança
Ardendo em choros e findando em tédio;
Esta ansiedade absurda, esta corrida
Para fugir o que o meu sonho alcança,
Para querer o que não há na vida!
Longe de ti
XXXI
Longe de ti, se escuto, porventura,
Teu nome, que uma boca indiferente
Entre outros nomes de mulher murmura,
Sobe-me o pranto aos olhos, de repente...
Tal aquele, que, mísero, a tortura
Sofre de amargo exílio, e tristemente
A linguagem natal, maviosa e pura,
Ouve falada por estranha gente...
Porque teu nome é para mim o nome
De uma pátria distante e idolatrada,
Cuja saudade ardente me consome:
E ouvi-lo é ver a eterna primavera
E a eterna luz da terra abençoada,
Onde, entre flores, teu amor me espera.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Direitos Humanos - Graça Graúna
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Texto de Paulo Roberto Bornhofen
Três formas de terror
Paulo Roberto Bornhofen
Paulo Roberto Bornhofen
Major da Polícia Militar de Santa Catarina e escritor.
(Texto publicado com a autorização do autor)
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Novo Livro de Márcia Sanchez Luz
Devemos ler “Porões Duendes” porque a autora, Márcia Sanchez Luz, é visceralmente poeta. E como todo poeta, tem o amor como parte integrante de sua alma. Sua inteligência poética está muito acima da média. Sua presença literária ultrapassa fronteiras. Basta ler nas orelhas deste livro suas credenciais extremamente importantes. Ninguém conquista os inúmeros títulos que Márcia amealhou sem um trabalho sério, competente, técnico, paradoxalmente permeado, em sua essência, ao profundo amor que ela generosamente transborda em tudo que faz.Depois do sucesso do livro “No Verde dos Teus Olhos”, Ed.Protexto, 2007, resolveu alçar vôos mais ousados. Inspirada nos grandes poetas parnasianos, enveredou pela difícil arte da construção de sonetos e o resultado está nas páginas deste “Porões Duendes”, fruto de estudo, dedicação, esforço e principalmente do imenso talento literário, orgulho de todos que têm o privilégio de conhecer sua obra.
Airo Zamoner - Editor
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Márcia Sanchez Luz recebe o Prêmio Dardos
O blog Márcia Sanchez Luz recebe o Prêmio Dardos, através do blog Links e Thinks, de Leila Míccolis.
Relação dos blogs por mim escolhidos para receber o Prêmio Dardos
Graça Graúna
Cultura Nordestina
Seu espaço cultural na Internet
Retorno Imperfeito
COISAS DO CHICO
GRITOS VERTICAIS
Eufeminismos
Cárlisson Galdino
Alma de Poesia
Marco Bastos
Diversos Afins
Fabricio Carpinejar
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Como Detectar um Espelho Espião
VOCÊ SABE SE É VERDADEIRO OU FALSO O ESPELHO EM QUE ESTÁ SE OLHANDO?
"COMO DETECTAR UM ESPELHO ESPIÃO" é uma informação fornecida pela polícia de costumes. Quando você estiver hospedada num hotel ou pousada, usando a cabine de experimentador de roupas numa loja de departamentos, ou mesmo servindo-se de um banheiro público, preste atenção nos espelhos do local: sem saber, você pode estar sendo espionada em sua intimidade. Por isso não custa nada fazer o teste abaixo.
Esta informação não é para assustá-la, é apenas para alertá-la. Quando utilizam toaletes, banheiros públicos, cabines de experimentadores de roupas, reservados de clubes, academias de exercícios físicos etc., quantas mulheres podem ter a certeza de que os espelhos do local, aparentemente iguaizinhos aos comuns, não são aparelhos de visão em duas direções? Espelhos de visão em duas direções são aqueles em que você vê sua imagem refletida, mas que, por trás dele, alguém pode estar vendo (ou espionando) tudo que você faz -- como os usados nos programas de TV 'Casa dos Artistas’ e 'BigBrother’.
Tem havido muitos casos de pessoas instalando espelhos de visão em duas direções em locais freqüentados por mulheres para filmá-las, fotografá-las ou simplesmente espioná-las em sua intimidade. É muito difícil identificar corretamente o tipo de um espelho apenas olhando-se para ele. Então, como determinar com boa dose de precisão que tipo de espelho é o que você está vendo? De uma forma muito simples -- faça apenas o teste a seguir.
Toque com a ponta de uma unha a superfície que está refletindo a sua imagem. Se houver um espaço entre sua unha e a imagem refletida, o espelho é genuíno. O espaço que aparece equivale à espessura do vidro, porque a parte do espelho que reflete sua imagem é a do fundo do vidro, não a parte da frente. Mas, se a unha encosta diretamente na imagem, sem haver qualquer espaço entre a unha e o reflexo, CUIDADO COM ELE, POIS É UM ESPELHO DE VISÃO EM DUAS DIREÇÕES. Nele, a parte reflexiva é a da frente, não a do fundo do vidro. Então, lembre-se: cada vez que você estiver diante de um espelho suspeito, faça o 'teste da unha': tem que haver um espaço! Se não houver, aproveite e chame a polícia, pois este é um crime previsto em lei.
Mulher, ensine este teste às suas amigas de qualquer idade. Homens, esclareçam este fato para suas esposas, filhas, namoradas, noivas ou qualquer mulher de suas relações humanas e sociais: elas têm o direito de proteger sua intimidade da espionagem por olhares indiscretos e covardes!
É isso aí.
E tenham um bom dia.
Galliano (Alfredo Galliano)
-- em Jundiaí, preocupado com a ética na vida cotidiana
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Gonçalves Dias
Nascido no Maranhão, filho de pai português e mãe provavelmente cafuza, Gonçalves Dias se orgulhava de ter no sangue as três raças formadoras do povo brasileiro: a branca, a índia e a negra. Após a morte do pai, sua madrasta mandou-o para a Universidade em Coimbra, onde ingressou em 1840. Atravessando graves problemas financeiros, Gonçalves Dias é sustentado por amigos até se graduar bacharel em 1844. Retornando ao Brasil, conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, grande amor de sua vida.
Em 1847, publica os Primeiros Cantos. Esse livro lhe trouxe a fama e a admiração de Alexandre Herculano e do Imperador Dom Pedro II, que, a partir de então, o nomeia para diversos cargos públicos. Em 1851, pede a mão de Ana Amélia em casamento. Recusado pela família da amada, casa-se, no ao seguinte, com Olímpia da Costa. Em 1862, seriamente adoentado, vai se tratar na Europa. Já em estado deplorável, em 1864 embarca no navio Ville de Boulogne para retornar ao Brasil. O navio naufraga na costa maranhense no dia 3 de novembro de 1864. Salvam-se todos a bordo, menos o poeta, que, já moribundo, é esquecido em seu leito.
Soneto
Baixel veloz, que ao úmido elemento
A voz do nauta experto afoito entrega,
Demora o curso teu, perto navega
Da terra onde me fica o pensamento!
Enquanto vais cortando o salso argento,
Desta praia feliz não se desprega
(Meus olhos, não, que amargo pranto os rega)
Minha alma, sim, e o amor que é meu tormento.
Baixel, que vais fugindo despiedado
Sem temor dos contrastes da procela,
Volta ao menos, qual vais tão apressado.
Encontre-a eu gentil, mimosa e bela!
E o pranto que ora verto amargurado,
Possa eu então verter nos lábios dela!
Canção Do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
domingo, 12 de outubro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Saciedade dos Poetas Vivos Digital vol. 7
SACIEDADE DOS POETAS VIVOS Nº 7 – ANTOLOGIA DIGITAL DE BLOCOS ONLINE
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Amor Rarefeito
Se pensas que meu coração não cansa
das inverdades ditas como em fitas
de velhos filmes, quando a dor em lança,
sufoca o peito por tantas desditas.
Se pensas que me calas com voz mansa
e que me alentas com raras visitas,
esquece tudo e pesa na balança
as minhas mãos, vazias, sós, aflitas.
Espero assim que entendas que é finito
o amor que, rarefeito, não me basta;
é como o ar, preciso dele todo!
Caso contrário, serei ser extinto
por ter da vida tudo o que me afasta
e que não quero. Nego-me ao engodo!
© Márcia Sanchez Luz
sábado, 6 de setembro de 2008
Falta de luz faz noivos se casarem com mulheres erradas na Índia
Nova Délhi, 5 set (EFE) - Uma falta de luz em plena cerimônia de casamento em um templo hindu do sul da Índia, na região de Tamil Nadu, levou dois noivos a se casarem com as mulheres erradas, informou hoje a agência indiana "PTI".
O incidente ocorreu na quinta-feira à noite no templo Sri Subramaniaswami da localidade de Periyakulam, quando era celebrado um casamento "em massa" - como é comum no sul da Índia -, no qual participavam cerca de 40 casais.
Justamente na hora de os noivos colocarem simultaneamente os "mangalsutras" (colares sagrados) no pescoço das noivas, um gesto que marca o fim da cerimônia matrimonial hindu, faltou luz no templo, que estava lotado.
Em meio à confusão e à escuridão, Veerachamy, em vez de colocar o colar em Subbulakshmi, sua noiva, o colocou na mulher ao lado dessa e o mesmo aconteceu com Balamurugan, para consternação de sua prometida, Sivakami.
O erro foi descoberto em seguida e levou os responsáveis do templo a improvisar uma "parikara puja", uma espécie de reza "corretora", que permitiu retirar os dois "mangalsutras" para colocá-los nos pescoços das noivas certas.
Os responsáveis do templo se desculparam, explicando que o local estava lotado, já que os 40 casais tinham chamado parentes e amigos para a cerimônia de casamento.
Fonte: Yahoo! Notícias
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Dor emocional dura mais que dor física
Dores emocionais, como a da separação, são mais duradouras
O estudo da Universidade Purdue, em Indiana, foi feito com base em respostas de voluntários, todos universitários, sobre os eventos dolorosos que eles tinham vivenciado nos últimos cinco anos.
Primeiro, eles foram estimulados a recordar dores físicas e emocionais que haviam vivenciado. Depois, foram submetidos a um difícil teste mental, partindo do princípio de que quanto mais dolorosa a lembrança da experiência, pior o desempenho nos testes.
O resultado sugeriu que as lembranças de dores emocionais eram muito mais vívidas que as outras. Nos testes, as pessoas que recordaram de dores físicas se saíram melhor.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Mona Dorf entrevista Márcia Sanchez Luz
Deixo aqui um convite muito especial para mim. No próximo dia 29 de agosto, sexta-feira, será transmitida a entrevista que concedi à Mona Dorf, do Jornal O Estado de São Paulo. A entrevista irá ao ar entre 11h30 e meio dia pela Rádio Eldorado AM 700 kHz. Entretanto, acredito que só a cidade de São Paulo consiga sintonizar nesta rádio. De qualquer modo, a mesma ficará armazenada no portal do Estadão nos links de podcast:
O Estado de São Paulo
Território Eldorado
E também poderá ser ouvida em:
Letras & Leituras
Neste caso, basta clicar em meu nome e, então, em "ouvir a entrevista".
domingo, 24 de agosto de 2008
Poema Inédito de Delasnieve Daspet
Profissão de Fé!
Delasnieve Daspet
Deixo-me seduzir.
Disponho-me a servi-lo
Com minha força e capacidade.
Renuncio a mim mesma;
Sigo-te fiel e intrépida,
Rompendo as seguranças,
Abandonando projetos,
Para testemunhar o que me for solicitado...
Exponho-me as injúrias.
Calo minhas angústias
Por não alcançar objetivos traçados!
E demonstro minha fragilidade
Nas dores que exaurem meu arcabouço,
Pálida e exangue figura!...
Não! Não contarei os fatos,
Presentes, no traçado de meus atos.
Contarei o que me anima.
Toda minha força, na profundidade da minha fé,
Firme, na denúncia de injustiças
Que corroem valores e ceifam vidas...
Quero viver a partilha solidária
Da palavra, do pão, da fé,
Nos exemplos que semeias e transmites,
Que na paixão pela vida
Realizas dia a dia!
Campo Grande-MS-24.08.08
(poema publicado com a autorização da autora)
sábado, 9 de agosto de 2008
Autobiografia
Vou logo anunciando:
Não tem ser que me domine
Nem presentes que me atraiam!
Se acaso alguém desejar
Minha vida legislar
Viro bicho num segundo
Nem sei de onde oriundo!
Não ouse tentar trocar
O que sou pelo que você tem...
Mas se quiser me agradar
Uma dica vou lhe dar:
Se for pra me presentear
Não me peça pra escolher
O que desejo ganhar...
Quem me conhece bem sabe
Que adoro ser manhosa
E que fico toda prosa
Com um carinho, desabo!
Se um mimo quiser me dar
Aceito de bom grado
Se este for abnegado.
Mas não tente me deter
Pois minha vida vou seguir
Você querendo ou não
Do jeito que eu bem quiser.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Texto de Airo Zamoner
© Airo Zamoner
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Ética versus Estética
Se tu te declarares um esteta,
provoco-te com meu delineador,
delineando as curvas mais diletas
de teu abecedário apicultor.
Se por ventura fujo da dieta,
não abro mão de meu compilador;
converto teus enganos em facetas
piores do que o mais devastador.
Proponho que façamos um contrato:
mostra em teu corpo a face mais bonita
que escondes na carcaça que te habita.
E para sermos justos neste trato,
faço de mim a lícita guarita
de teus temores, tua fé finita.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Lulu Santos - Certas Coisas (Acústico MTV)
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
sábado, 5 de julho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
NO VERDE DOS TEUS OLHOS
Na belíssima formatação de Masé Soares.
Vídeo executado por CarlosMalukoBeleza
domingo, 22 de junho de 2008
Soneto a Machado de Assis
Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Em teu perfume trazes a magia
da paz ausente em dias de ternura.
Dá-me o caminho de tua calmaria!
Preciso achar-te, flor que tudo cura!
A chaga aberta dói em demasia
e sofro inquieta a minha desventura,
sem encontrar no íntimo alegria.
Estar perdida aqui só me afiança
que a vida assim não vai aliviar
a dor que queima em mim feito fornalha.
Mas inda resta um pouco de esperança
de um dia enfim a Flor, do céu, brotar:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha.
© Márcia Sanchez Luz
Observação da autora: Os versos de número 1 e 14 são de Machado de Assis. Para entender a razão deste soneto, leia abaixo:
Dom Casmurro (Um soneto) por Machado de Assis Capítulo LVI
Dita a palavra, apertou-me as mãos com as forças todas de um vasto agradecimento, despediu-se e saiu. Fiquei só com o Panegírico, e o que as folhas dele me lembraram foi tal que merece um Capítulo ou mais. Antes, porém, e porque também eu tive o meu Panegírico, contarei a história de um soneto que nunca fiz: era no tempo do seminário, e o primeiro verso é o que ides ler:
Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Como e por que me saiu este verso da cabeça, não sei; saiu assim, estando eu na cama como uma exclamação solta, e, ao notar que tinha a medida de verso, pensei em compor com ele alguma cousa, um soneto. A insônia, musa de olhos arregalados, não me deixou dormir uma longa hora ou duas; as cócegas pediam-me unhas, e coçava-me com alma. Não escolhi logo, logo, o soneto; a princípio cuidei de outra forma, e tanto de rima como de verso solto. Afinal ative-me ao soneto. Era um poema breve e prestadio. Qual à idéia, o primeiro verso não era ainda uma idéia, era uma exclamação; a idéia viria depois. Assim na cama, envolvido no lençol. tratei de poetar. Tinha o alvoroço da mãe que sente o filho, e o primeiro filho. Ia ser poeta, ia competir com aquele monge da Bahia pouco antes revelado, e então na moda; eu, seminarista, diria em verso as minhas tristezas, como ele dissera as suas no claustro. Decorei bem o verso, e repetia-o em voz baixa, aos lençóis; francamente achava-o bonito, e ainda agora não me parece mau:
Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Quem era a flor? Capitu, naturalmente; mas podia ser a virtude, a poesia, a religião, qualquer outro conceito a que coubesse a metáfora da flor, e flor do céu. Aguardei o resto, recitando sempre verso, e deitado ora sobre o lado direito, ora sobre o esquerdo; afinal deixei-me estar de costas, com os olhos no tecto, mas nem assim. vinha mais nada. Então adverti que os sonetos mais gabados eram os que concluíam com chave de ouro, isto é, um desses versos capitas no sentido e na forma. Pensei em forjar uma de tais chaves, considerando que o verso final, saindo cronologicamente dos treze anteriores, com dificuldade traria a perfeição louvada; imaginei que tais chaves eram fundidas antes da fechadura. Assim foi que me deter minei a compor o último verso do soneto, e, depois de muito suar, saiu este:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Sem vaidade, e falando como se fosse de outro, era um verso magnífico. Sonoro, não há dúvida. E tinha um pensamento, a vitória ganha à custa da própria vida, pensamento alevantado e nobre. Que não fosse novidade, é possível, mas também não era vulgar; e ainda agora não explico por que via misteriosa entrou numa cabeça de tão poucos anos. Naquela ocasião achei-o sublime. Recitei uma e muitas vêzes a chave de ouro, depois repeti os dous versos seguidamente, e dispus-me a ligá-los pelos doze centrais. A idéia agora, à vista do último verso, pareceu-me melhor não ser Capitu; seria a justiça. Era mais próprio dizer que, na pugna pela justiça, perder-se-ia acaso a vida, mas a batalha ficava ganha. Também me ocorreu aceitar a batalha, no sentido natural, e fazer dela a luta pela pátria, por exemplo; nesse caso a flor do céu seria a liberdade. Esta acepção porém, sendo o poeta um seminarista, podia não caber tanto como a primeira, e gastei alguns minutos em escolher uma ou outra. Achei melhor a justiça, mas afinal aceitei definitivamente uma idéia nova a caridade, e recitei os dous versos, cada um a seu modo, um languidamente:
Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
e o outro com grande brio:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
A sensação que tive é que ia sair um soneto perfeito. Começar bem e acabar bem não era pouco. Para me dar um banho de inspiração, evoquei alguns sonetos célebres, e notei que os mais deles eram facílimos; os versos saíam uns dos outros, com a idéia em si, tão naturalmente, que se não acabava de crer se ela é que os fizera, se eles é que a suscitavam. Então tornava ao meu soneto, e novamente repetia o primeiro verso e esperava o segundo; o segundo não vinha, nem terceiro, nem quarto; não vinha nenhum. Tive alguns ímpetos de raiva, e mais de uma vez pensei em sair da cama e ir ver tinta e papel; pode ser que, escrevendo, os versos acudissem, mas...
Cansado de esperar, lembrou-me alterar o sentido do último verso, com a simples transposição de duas palavras, assim:
Ganha-se a vida, perde-se a batalha!
O sentido vinha a ser justamente o contrário; mas talvez isso mesmo trouxesse a inspiração. Neste caso, era uma ironia: não exercendo a caridade, pode-se ganhar a vida, mas perde-se a batalha do céu. Criei forças novas e esperei. Não tinha janela; se tivesse, é possível que fosse pedir uma idéia à noite. E quem sabe se os vagalumes luzindo cá embaixo, não seriam para mim como rimas das estrelas, e esta viva metáfora não me daria os versos esquivos, com os seus consoantes e sentidos próprios?
Trabalhei em vão, busquei, catei, esperei, não vieram os versos. Pelo tempo adiante escrevi algumas páginas em prosa, e agora estou compondo esta narração, não achando maior dificuldade que escrever, bem ou mal. Pois, senhores, nada me consola daquele soneto que não fiz. Mas, como eu creio que os sonetos existem feitos, como as odes e os dramas, e as demais obras de arte, por uma razão de ordem metafísica, dou esses dous versos ao primeiro desocupado que os quiser. Ao domingo, ou se estiver chovendo, ou na roça, em qualquer ocasião de lazer, pode tentar ver se o soneto sai. Tudo é dar-lhe uma idéia e encher o centro que falta.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Menção Honrosa em Concurso da UBT
Concurso União Brasileira de Trovadores – UBT / Tremembé - SP
Tema: Fortaleza
Grupo 2 Nacional
Se no destino há tristeza,
de encontro às pedras, eu sigo,
construindo a fortaleza
que me servirá de abrigo.
© Márcia Sanchez Luz
(Menção Honrosa)
COMISSÃO JULGADORA DO GRUPO. 2 NACIONAL E INTERNACIONAL1.
Ademar Macedo – RN - poetaademar@yahoo.com.br
2. José Valdez – SP - josevaldezcastromoura@yahoo.com.br
3. Maurício Cavalheiro – SP - mc_cavalheiro@yahoo.com.br
4. Miguel Russowsky - SC - miguelrussowsky@hospitalsaomiguel.com.br
5. Vicente Liles de Araújo Pereira – SP - vliles1303@itelefonica.com.br
Esta e as demais trovas e seus respectivos autores constarão do 1º Livro de Trovas desta 1ª Etapa do Projeto de Trovas Para Uma Vida Melhor, a ser editado em dezembro deste ano de 2008. As demais trovas serão deletadas, CONFORME REGULAMENTO DO CONCURSO.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Soneto de J.J. Oliveira Gonçalves
Sensual Miragem...
© J.J. Oliveira Gonçalves
www.celitomedeiros.com.br
Procuro minha Amada de Outras Eras
Aquela dos cabelos noite-escura!
De ventre sensual... Fruta madura
Metáfora de ardentes Primaveras!
Procuro a Flor mais bela e delicada
Macia qual nenúfar - e trigueira!
Que em Êxtase gemia... E feiticeira
Desabrochava nua e almiscarada!
Me fiz este beduíno do deserto
A Alma em Solidão... O peito aberto
Buscando meu Oásis... meu Crescente!
E quando o ruivo Sol dá vez à Lua
Na tenda eu te vislumbro: Bela e nua...
Miragem (do deserto) tão somente!
(Soneto enviado por e-mail pelo autor)
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Festa de Blocos Online, em São Paulo
Concurso Cultural
Concurso cultural PAGE NOT FOUND!!!
Objetivo
Os participantes deverão completar a história iniciada abaixo tendo em conta o estilo do blog PAGE NOT FOUND.
"Acordei no meio da noite agitado (a) por causa de um pesadelo. Levantei-me da cama e fui até a janela, quando vi..."
- A conclusão da história deverá ser enviada até 12h de 12 de junho para
fernando.moreira@oglobo.com.br
Para mais informações, acesse o Page Not Found.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Carinhos Especiais
Apaixonada
© Glorinha Gaivota
Tem momentos
Que uma paixão intensa
Toma conta do meu peito
Eu me sinto incandescente
Iluminada
Totalmente apaixonada
Pelo momento vivido
Agora
Eu estou assim
Encantada
Totalmente irradiada
Por uma poesia que eu li
Ela entrou no meu peito
Percorreu minhas veias
Tocou minha mente
E se instalou sorrateira
Em minha alma
Eu estou encantada
Realmente
Eu só posso me erguer a ti
Num gesto de aclamação
Palmas
Por tão bela escrita
Obrigado por esse momento apaixonante
Que me sorveste
Desse gozo da vida
Obrigada Poetisa
Márcia Sanchez Luz
Sua poesia
É luz
Glórinha Anchieta – GG
Noite de outono
05/06/2008
Obrigada, Glorinha, pela formatação de meu soneto "Desvario", assim como por sua homenagem a mim em forma de poema.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
sábado, 31 de maio de 2008
Soneto de Luís Vaz de Camões
Amor é fogo que arde sem se ver
© Luís Vaz de Camões
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Leitura Recomendada - 1968: o ano em que foi proibido proibir
1968: o ano em que
foi proibido proibir
Greve de estudantes na França, passeata dos cem mil e ditadura no Brasil, festival de woodstock, movimento hippie, roda viva, glauber rocha, josé martinez correa, tropicália, primavera de praga, guerra do vietnã, pop arte, 2001 uma odisséia no espaço, jovem guarda... tudo ao mesmo tempo agora. 1968 foi um ano emblemático na história do mundo. Parece que tudo aconteceu naquele ano.
40 anos depois, o Correio das Artes conta a história de 1968 numa edição especial de 60 páginas, com textos e depoimentos nas mais diversas áreas política e cultural.
Para contar a história daquele emblemático ano, o Correio das Artes convidou um time de peso: Amador Ribeiro Neto, Rinaldo de Fernandes, Affonso Romano de Sant´Anna, Moacyr Scliar, Bráulio Tavares, João Batista de Brito, Sérgio de Castro Pinto, Marcos Tavares, Fernando Teixeira, José Octávio de Arruda Melo, Almandrade, Leila Miccolis, Rodrigo de Souza Leão, Ronaldo Costa Fernandes, Astier Basílio, W.J. Solha, Homero Fonseca, Jussara Salazar e muitos outros.
Confira a matéria na íntegra no Blog do Correio das Artes
O Correio das Artes é o suplemento literário mais antigo em circulação no Brasil. Circula encartado, mensalmente, aos finais de semana no Jornal A União, em João Pessoa, Paraíba, em formato revista. Fundado por Édson Régis em 27 de março de 1949, é editado por Linaldo Guedes, reportagens de Calina Bispo e Patrícia Braz, tem como colunistas João Batista de Brito, Amador Ribeiro Neto, Hildeberto Barbosa Filho, Astier Basílio e Rinaldo de Fernandes, editoria de Artes de Cícero Félix, diagramação de Roberto Amorim e está aberto a colaborações de qualquer parte do país.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Nota de Falecimento enviada por Nestor Kirjner
Caros Amigos e Amigas, Amantes da Cultura,
Iniciamos o dia de hoje com triste nota sobre o falecimento, na cidade de Goiânia, da poetisa Maria de Lourdes Reis, Presidente Perpétua da Casa do Poeta Brasileiro, Seção Brasília. Fundadora dessa Instituição, Maria de Lourdes Reis foi sua Presidente por cerca de duas décadas, identificando- se definitivamente com a Poesia de Brasília, e prolongou sua longa agonia de modo a não interferir na festa comemorativa aos 30 anos da Casa, comemorada com brilho e sensibilidade no último sábado, dia 24 de maio.
Na oportunidade, vale relembrar aos colegas da Poesia Musicada que devemos a Maria de Lourdes Reis a iniciativa de, pela primeira vez em Brasília, numa academia dedicada exclusivamente à Literatura, ter sido convidado um poeta musical para fazer parte da Diretoria de um sodalício literário. Se a Poesia Tradicional, editada, perde um de seus nomes mais expressivos e reconhecidos, nós, adeptos da Poesia Musical, perdemos uma espécie de madrinha. Maria de Lourdes foi nossa preceptora, a dirigente que abriu as portas da Poesia brasiliense à nossa participação formal e, como tal, deve e deverá ser sempre reverenciada pelos cultores desse tipo de expressão artística.
Também por isso, mas principalmente pela história e o talento poético singulares daquela que nos deixou, serei grato aos amigos que queiram colaborar na divulgação, dentre os colegas da Poesia, dessa dolorosa notícia.
Atenciosamente,
Nestor Kirjner
Diretor da Seção Brasília da "Casa do Poeta Brasileiro"
Cônsul dos "Poetas del Mundo" no Lago Sul
domingo, 25 de maio de 2008
Delasnieve Daspet é condecorada na França
Advogada de MS é condecorada na França pela Academie Arts Sciences Lettres
23/05/08 13:47
Por: Marco Eusébio, da assessoria da OAB-MS
Foto:Divulgação
Delasnieve Daspet na sede da Embaixada Brasileira em Paris
Campo Grande (MS) – A advogada Delasnieve Miranda Daspet de Souza, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB-MS, que também é poetisa, escritora e embaixadora de Poetas Del Mundo, foi uma das personalidades brasileiras e portuguesas condecoradas nesta semana em Paris (França) pela Academie Arts Sciences Lettres coroada pela Academie Francesa, sob o alto patronato do presidente da França Nicolas Sarkozy, por relevantes serviços prestados as artes e a cultura.
Conforme relato da jornalista Diva Pavesi que testemunhou o evento, a cerimônia na capital francesa foi aberta pela Orquestra do Corpo de Bombeiros de Yvelines que executou o Hino Nacional Brasileiro, o Hino do Marrocos e da França. O presidente da Academie Arts Sciences Lettres, Jocelyn Pinoteau, enfatizou a honra de estar à frente dessa instituição que defende e encoraja todos aqueles que promovem as artes, ciências, letras e cultura em geral.
Além da advogada de Campo Grande, outros brasileiros homenageados foram: o prefeito de Campinas (SP), Helio Oliveira Santos; o autor de histórias em quadrinhos Mauricio de Souza, com a Medalha de Vermeil, representado pelo presidente da Editora Dargot que está lançando no mercado francês o livro de historias em quadrinho de Ronaldinho Gaucho; a compositora erudita Rita Amaral, o artista plástico da Bahia, Terciliano Júnior, o artista plástico de Porto Alegre Alci Bubols, a artista plástica de Goiás, Adriane Campos, o ator Antonio Interlandi, que já recebeu o premio Moliére na França, e Gustavo Siqueira, presidente do Prêmio Gigantes.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Trilogia
Sabor ao vento de uma calmaria.
Transpiro afagos, doces fantasias!
Verdade incerta, porém que me alenta.
Serenidade!
Tristeza insana que nunca se acalma
nas noites frias de canções vazias.
Corações secos – onde está a alma?
Insanidade!
Calor profundo que me assola o ventre!
O amor surgiu, leve e passageiro,
trazendo a febre de um furor festeiro.
Corporeidade!
© Márcia Sanchez Luz
domingo, 18 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Crônica de Rosa Pena
Isto é virtual?
© Rosa Pena
— Tia, dá um trocado?
— Não tenho, menino.
— Só uma moedinha para comprar um pão.
— Está bem, compro um para você.
Faço o pedido do guri, e o garçom me pergunta se quero que mande o garoto “ir à luta”. Meus resquícios de consciência me impedem de dizer sim.
Digo que está tudo bem, que o deixe ficar e traga o pedido do menino.
— Tenho sim, essencial ao mundo de hoje.
— O que é internet?
— É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar. Tem de tudo no mundo virtual.
— E o que é virtual?
— Legal isso. Adoro!
— Menino, você entendeu o que é virtual?
— Sim, também vivo neste mundo virtual.
— Nossa! Você tem computador?
— Não, mas meu mundo também é desse jeito...virtual. Minha mãe trabalha, fica o dia todo fora, só chega muito tarde, quase não a vejo. Eu fico cuidando do meu irmão pequeno que chora de fome e eu dou água para ele imaginar que é sopa. Minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas não entendo pois ela sempre volta com o corpo. Meu pai está na cadeia há muito tempo, mas sempre imagino nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos brinquedos, ceia de Natal, e eu indo ao colégio para virar médico um dia.
Isso é virtual, não é tia?
OBS da autora: Esta crônica consta de meu livro preTextos, editora all print. Registrada na biblioteca nacional desde junho de 2003, circula na net com autoria desconhecida.Deixei a data em que foi publicada esta crônica no site Recanto e a obs que eu já tinha posto. Ela está em 34 sites desde março de 2004, em 2 livros impressos no papel. Também foi publicada em revistas e consta de meu e-book Eu & a Net.Possui 32 versões em pps. Em 6 vem com minha autoria. Nas demais foi retirada.Utopia minha, mas sempre sonharei com um mundo mais justo, onde filhos possuam pais e prosas & poesias... Autorias.
Rosa Pena