Riacho na sombra - Courbet
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Eu trago nesse canto em pauta, por dilema
sofrido pensamento à beira dum riacho
com tocha que se acende em rochas sem poema
perdido em meu conflito aflito onde me acho.
Se encontro em desencontro a trama do problema
começo e já reparto a questão de alto a baixo
divido bem o todo em partes-teorema
e são coisas que igualo a causas que não encaixo.
Sinto a dualidade e a vida se bifurca
em cada encruzilhada à frente do caminho
- no canto do meu fado a vida quer mazurca.
À margem do riacho ao olhar redemoinho,
a voragem que cega à noite me conspurca
querendo alinhar água e água é desalinho.
Obrigado, Márcia. Fiquei feliz mais uma vez ao ver meu soneto publicado em um espaço tão nobre e de qualidade literária tão elevada. Um blog criado e administrado por Márcia Sanches Luz, valoriza as obras que contém - sou profundo admirador dos sonetos que tu escreves. A pintura que associaste ao poema também harmonizou-se perfeitamente com o tema e com as metáforas ali escritas.
ResponderExcluirabraços.
Marco.
Quem agradece sou eu, Marco. Precisamos nos unir e mostrar as obras de nossos contemporâneos, valorizando, assim, a Poesia que faz história.
ResponderExcluirAbraços, poeta e amigo.
Márcia