Reminiscência arqueológica, Salvador Dalí
Quem
sou eu,
este
ser inerme,
que
faz da voz,
arma
contusa?
Quem
sou eu,
este
ser inerte,
que
mexe, remexe,
látego
impiedoso?
Quem
sou, afinal,
este
ser sereno,
que
num ímpeto se faz,
irascível
mordaz?
Oh,
cruel, inominado e controverso ser,
Verso,
reverso, homo erraticus et perdidit!
Acaso
uma criatura?
Erro
da Criação,
insigne
animal,
pedestal
de areia?
Quiçá
um dia,
de
tanto me procurar,
alcance,
almejo,
lugar
pra descansar.
Desta
busca infindável,
deste
contínuo rebuscar.
Neste
dia, quiçá, porvir,
Deus
se ponha a me perdoar.
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Querida Márcia,
ResponderExcluirMuito obrigado. Ter um poema de minha autoria publicado no Blog de uma mestra da poesia me deixa lisonjeado. Obrigado minha amiga. Que Deus te abençoe e ilumine sempre.
Caminha
Caminha, caro amigo e poeta, é um prazer publicá-lo. Seu poema veio abrilhantar este espaço que é de todos nós. Obrigada pela partilha de suas indagações, tão importantes para nosso crescimento.
ResponderExcluirAbraço carinhoso
Márcia